Autor: Fialho de Almeida
Ano: 1905 / Fragmento extraído de 1996, Edicións Laiovento
Cita:
“A rua íngreme é a Calle de las ruedas. Descemo-la sacudindo guizadas; os passeios e o leito da rua são altos, as casas muito mais baixas, aos dois lados; de sorte que há parapeitos dos lados, e escadas que leva, abaixo, aos pisos térreos das casas, de sorte que os primeiros andares ficam à altura do piso central da rua. uma vez lá em baixo, há um caminho à esquerda que sobre e leva à igreja de Santo Domingo, outro que se chama Rua de San Pedro (mesmo assim: as antigas designações das ruas eram até há pouco em galego, rua). É uma extensa e populosa calle de arrabalde. Aí, do lado esquerdo, logo à entrada, há uma espécie de mercado alpendrado que tem por cima da porta ‘Alhóndiga ó granero público’. Esa rua é interminável, de povo, e a ela vêm ter outras iguais, de aldeia, ou ainda piores, onde há escadóses, vielas por calçar, casas a cair, e paredes imundas. Esta rua de San Pedro vai ter à Plazuela de San Pedro, talvez paroquial, e continua (chama-se Barrio de los Concheiros, Corredera de las fraguas, etc.) até uma estrada que, escavada na meia encosta da montanha de Santiago, e protefida da direita por muralhão, penetra e se engolfa nos campos que são verdes, de batatal, couves, milhes, divididos, e que percorrem os montes fronteiros onde se espalham, entre árvores e culturas, alguns quatro ou cinco pequenos povos.”
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